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segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Música “cristã” é usada para manipular fiéis

Marcos Tadeu Cardoso de Jesus
Historiador e Escritor
Autor dos livros “ A Verdadeira Face dos Lideres Religiosos”
e “A Linguagem Corporal em Relacionamentos”

Atualmente vivemos em meio a aparelhos de som, rádios, Mp3, enfim, diversas mídias. Recursos tecnológicos utilizados para ouvir músicas, sejam elas cristãs ou não. Contudo diante de um mercado tão vasto e ao mesmo tempo tão atrativo - já que a maioria dos cristãos compram cd’s originais - diversas “pseudo” conversões tem atraído músicos seculares que se convertem “da noite para o dia”, levando os crentes a dançarem, pularem, chorarem, entrando em êxtase, ao ouvirem músicas realmente “cristãs”. Mas isso tudo nos remete a uma questão: É possível manipular pessoas por meio da música?
É provável que tenha surgido em tradições antigas como as da Mesopotâmia, Egito e China esse tipo de manipulação. No Egito ela surge com uma função ritualística, religiosa e até mesmo empregada em guerras. No início do cristianismo o canto era uníssono, não era acompanhado por instrumentos musicais. Havia poucas variações melódicas, e em determinados momentos um solista entoava os salmos e a congregação apenas contribuíam com a voz. Possuía então um caráter de invocação, ou adoração.
A mudança no estilo musical cristão levou a um aumento de adeptos religiosos em estado de transe dentro dos templos religiosos, predominantemente nas denominações neopentecostais e movimentos carismáticos. O aumento do número de melodias transmitidas nessas músicas, provocou grandemente as emoções dos ouvintes, levando-os a agir irracionalmente, o que corresponde a certas manifestações do transe. Isso revela que a melodia certa é capaz de fazer o auditório chorar, ela é responsável pela mobilização emocional do ouvinte, induzindo tanto uma pessoa quanto um auditório.
As músicas que exageram em melodias de cunho apelativo, levam o ouvinte a agir pelo impulso, com ações puramente emotivas, quer seja ele participante do grupo ou não. Muitos lideres usam essas músicas para manipularem os fiéis em suas igrejas. Tecnicamente a intensificação rítmica também pode levar o indivíduo ao transe; o excesso de ritmo conduz o ouvinte à estagnação momentânea do pensamento, deixando-o vulnerável emocionalmente. Geralmente o que leva ao transe são melodias longas, repetições, ênfases melódicas. Nesses casos a sensibilização torna-se a prioridade, já que emocionar e manipular o fiel, para muitos lideres, tornou-se mais importante que direcionar louvores a Deus.

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Simbolo da pluralidade religiosa.

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Diversidade das manifestações religiosas.